Você que dirige no infernal trânsito do Recife, percebe a diferença entre os dias de trabalho e o domingo. No dia universal de lazer, a velocidade desenfreada que a pontualidade impõe durante a semana, transforma-se radicalmente. Tipo lebre e tartaruga. Parodiando: Seleção Brasileira contra a Colômbia. Surpreende a morosidade. À medida em que vamos garantindo matematicamente a presença na Copa do Mundo do Catar, os jogadores vão puxando o freio de mão. Ao tomar essa atitude, o futebol brasileiro comete um tremendo equívoco. Insisto no que digo há muitos anos: treinamos basquete pra jogar vôlei. Enquanto as seleções “voam” lutando pela classificação nas Eliminatórias Européias, aqui o Brasil precisa apenas da velocidade do trânsito dominical para garantir presença no Catar, com rodadas de antecedência. Estaremos matematicamente classificados quando enfrentarmos a Argentina. Será um amistoso pra nós. Efetivamente, chegaremos ao mundial sem a menor noção do nosso real potencial.