A carta da CBF, declarando que não há irregularidade na transferência de Pedro Henrique do Internacional para o Sport, não tem valor jurídico algum. O próprio documento enfatiza no final, que se a Justiça Desportiva tiver outro entendimento, terá total autonomia para tomar as providências, por ela interpretada como cabíveis. Aí mora o perigo. A jurisprudência do Sport é líquida e certa. Mas o julgamento não será desportivo. Será político! Se o Sport não se fortalecer internamente e não contar com os seus mais “cascudos” nomes nessa disputa, poderá ser surpreendido. O problema é que politicamente os Sport está bastante dividido. Luciano, Milton, Homero, Dubeux e Vanderson. Se esse quinteto estivesse unido, eu estaria mais tranquilo. Ideal também, seria uma utópica parceria de Evandro Carvalho com Fred Oliveira. Mas aí, já é pedir demais. Preparem-se rubro-negros. A permanência do Sport, caso ele consiga dentro de campo os pontos necessários para terminar o Brasileirão fora do Z4, passará pelo TJP. Tribunal de Justiça Política. Principalmente se o caso vier a ser apreciado somente após a competição. E se o Grêmio estiver entre os quatro piores.