O programa Todos Com a Nota vai voltar. Para entendê-lo melhor, vamos voltar no tempo. Em 1998, o então Secretário da Fazenda do Governo Miguel Arraes, Eduardo Campos, trouxe de Sergipe um programa que agradava e agregava todo mundo. O consumidor exigia a nota fiscal ao adquirir vários tipos distintos de produtos, aumentando, consideravelmente, a arrecadação dos impostos. Nota emitida é imposto pago. O torcedor, menos abastado ou não, entupia-se de notas fiscais e as trocava pelos ingressos ao longo das competições. Os clubes (principalmente os do interior) por sua vez, garantiam uma receita considerável, que ajudava, e muito, no pagamento da folha. Os meios de comunicação também faturavam com a mídia. Veio o Governo Jarbas e a “ajuda” aos clubes e torcedores continuou. O Programa foi repaginado e virou Futebol Solidário. Ao invés de notas, 2kg de alimento não perecível, valiam por um ingresso. Aí, o atual Governo Paulo Câmera definiu por outras prioridades e parou o TCN. O resultado disso foi a quase falência dos times do interior. O Salgueiro por pouco não fecha as portas. O Todos com a Nota está de volta e é muito bem-vindo. Mas que se faça um contrato de vida longa, para que uma nova parada brusca não leve de vez os nossos clubes do interior à falência.