O depoimento de Abel Ferreira após o empate contra o Atlético, deve ser assistido, apreciado e compreendido pelos treinadores brasileiros. Sem paliativos, sem estatística justificante, reconhecendo a superioridade do adversário e aceitando os erros dos próprios jogadores, desde que exercidos de maneira intencionalmente coercitiva. Ou seja, o atleta tentou, de maneira aplicadamente intensa, fazer o melhor. Não cometeu um erro aleatório. Não fez firula, não deu bobeira. E o futebol é isso. Erre tentando acertar. Não erre por vacilo. Ferreira deixou claro que acoberta o erro quando o autor consegue ser ousado, sem pudor, mas com responsabilidade. Essa é a essência do futebol brasileiro. Que alguns treinadores brasileiros tolhem. E os estrangeiros, em especial os portugueses, admiram, enaltecem e reverenciam.