Não estou falando do filme. Refiro-me ao momento do Náutico. Três derrotas consecutivas sob o comando de Elano. Ainda faltam 16 jogos. São 48 pontos em disputa. Os escassos pontos assustam, mas não são determinantes. O que preocupa é a falta de atitude. A passividade. A sensação é a de que os jogadores não “compraram as ideias do treinador”. Os motivos: não concordam, duvidam do êxito ou não sentem firmeza na liderança do técnico. O tom de voz pra baixo, aliado a justificativas sem muita convicção, preocupou-me. “Estou há apenas 12 dias no clube”. É… e já perdeu três vezes. A impressão no jogo contra o Operário foi a pior possível no tocante à metodologia de Blumer. Um time sem identidade, sem personalidade, sem atitude. Difícil o momento. Porém, ainda, não desesperador. O Presidente Diógenes encara o dilema: trocar de treinador pela 5ª vez? Com menos de duas semanas de trabalho? Quarta tem o CRB. Nos Aflitos. Uma nova derrota seria a quarta seguida de Elano e a sétima consecutiva do Náutico. Se sou o treinador do time, subo o tom, exijo comprometimento e promovo mudança drástica nos “líderes de argila” do elenco. Ou Elano muda a forma de pensar, ou mudam ele em apenas 15 dias de trabalho.