Filme de 1967 com o Fantástico Sidney Poitier. Meu pai, quando jovem, era muito parecido fisicamente com ele. E, além de Promotor de Justiça, também foi professor de Português, Francês e Latim. Mas voltemos ao título. “Ao mestre, com carinho”. Estivesse me reportando a alguém do meu ciclo de amizade, referir-me-ia ao mestre Luís Cavalcante. Muito, do pouco que sei, aprendi com ele. Mas reporto-me ao maior entrevistador da televisão brasileira. Jô Soares! O gordo mais carismático do Brasil foi a minha maior fonte de inspiração, para enveredar pelos talk-shows. Ao deixar a Globo para fazer um programa de entrevistas no SBT (Jô Soares Onze e meia), o humorista criou um jeito diferente de conduzir uma entrevista. Com conteúdo, sem se ater a pautas regradas, dando vazão às respostas e soltando deliciosas gargalhadas com elas. Jô ensinou-me que a resposta é muito mais importante que a pergunta. Exatos dez anos após ele lançar o projeto, criamos e apresentamos na TV Jornal (filiada do mesmo SBT) o Olho no Olho. Ivete Sangalo, Adriana Calcanhoto, Jarbas Vasconcelos, Lula, Rogério Flausino, Eduardo Campos… Foram conversas inesquecíveis. Depois vieram o Tribuna com Léo Medrado, Debate Bola, na TV Nova Nordeste… Que falta você faz, Jô. Desde que você parou, nossas madrugadas não foram mais as mesmas. Obrigado pelas gargalhadas (eternizadas pelo também saudoso Bira) que soltamos ao assisti-lo. Queria que tu ficasses mais um pouco entre nós. Sem querer te interromper e já te interrompendo.