Seria esse o grito do torcedor alvirrubro se estivesse presente no Estádio Jorge Ismael de Biasi. Com um detalhe: Não seria um desabafo. Seria uma constatação. 6×0 Novorizontino. O Náutico perdia por 2×0 e voltava pro 2º tempo com duas alterações: Júnior Tavares e Kieza. Se fosse torcedor, desligaria a tv. Esses dois caras simbolizaram, como há muito preconizava, o espírito de um grupo sem o menor comprometimento com uma causa. Coadjuvados por Souza, Ferraz, Jobson e tantos outros, Kieza e Tavares foram exemplos das características desprezíveis que se pode esperar de um profissional. Jogadores que não se cuidam, não se entregam e que não estão nem aí pras consequências que podem advir de um mau trabalho. Como teria que comentar o jogo, sofri até o fim. Vi então, incrédulo, um dos mais melancólicos capítulos da gloriosa história alvirrubra. E como comentarista, não me faltaram expressões ou adjetivos para o que fizeram os peladeiros do Náutico ontem. Sim! Peladeiros. Tudo menos profissionais. Eles se escalaram para a história. Os peladeiros de Rosa e Silva. Os kamikazes da Guabiraba. Ferraz tenta ao final do jogo transferir, ou pelo menos dividir, a responsabilidade. Mas, visivelmente sem convicção, perde-se com palavras ao vento. Não diz uma só palavra que justifique a falta de profissionalismo dos caras que vestiram a camisa alvirrubra em Novo Horizonte. Até mesmo o árbitro, envergonhado, encerra o jogo sem um segundo de acréscimo. Indignos peladeiros. Desapareçam de Rosa e Silva. Alguns pouquíssimos, são a exceção que constituem a regra. Aos demais, o cabível desabafo. Grupo sem alma. Sem dignidade. Sem vergonha.