O Palmeiras ganha, após 20 anos, o Campeonato Brasileiro. Abel Ferreira conquista, em dois anos, duas Libertadores, uma Copa do Brasil e o Brasileirão. Treinador avalanche. Mais vencedor que Jorge Jesus. Estilos diferentes. Bolas, propostas de jogo, diferentes. Mas ambos eficazes. O jogo de Jesus no Flamengo era mais vistoso. O de Abel, mais producente. Já opinei aqui. O Campeonato Brasileiro com 38 rodadas, sem dúvida, é o mais justo. As Copas, todavia, são mais emocionantes. Uma coisa é ser campeão atuando em banho-maria, aguardando o desfecho da competição, debatendo e apostando em qual rodada o título estará consolidado. Outra situação, é obter a taça sob o frisson de dois postulantes ao título, digladiando-se frente à frente. Não gosto da postura de Ferreira no tocante à entrevistas e conduta na área privativa aos treinadores. Ele falha quanto ao limite de poder dos treinadores. Mas na condução técnica e, fundamentalmente tática, do time, ele executou, com maestria, um dos maiores trabalhos realizados à frente de um clube no Brasil. Onze vezes “Porco”. O maior vencedor. Parabéns, palmeirense. Valeu, Abel!