“No Brasil, o vice é o primeiro dos derrotados”. Frase de Ayrton Senna da Silva. Quem saiu mais frustrado do Qatar? O francês ou o brasileiro? Perdemos duas decisões em Copas. Em 1950, como anfitrião, diante do Uruguai e em 1998, contra o anfitrião, em Paris. São duas partidas recorrentemente discutidas no mundo esportivo até hoje. A primeira aconteceu há 72 anos. A segunda, há 24. Seguimos comentando a injustiça com o goleiro Barbosa e a escalação de Ronaldo contra a França. Quando não disputamos a final, fomos nove vezes às semifinais e não chegamos à decisão em duas. Em 1934 contra a anfitriã Itália e em 2014, como anfitrião para os Alemães. Nas quartas, perdemos em seis situações: 1954 – Hungria 4 x 2 Brasil; 1986 – França 1 (4) x (3) 1 Brasil; 2006 – França 1 x 0 Brasil; 2010 – Holanda 2 x 1 Brasil; 2018 – Bélgica 2 x 1 Brasil; 2022 – Croácia 1 (4) x (2) 1 Brasil. Nas seis eliminações, adversários europeus. Nós, brasileiros, não diferenciamos muito a fase em que saímos da Copa. O Brasil, para o brasileiro, terá sempre a obrigação de ser campeão. Mas, à exceção da goleada pra Alemanha, na semifinal de 2014, final é final. Decisão é decisão. Então, as maiores dores aconteceram diante do Uruguai (50) e França (98). Ou seja, por mais ilógico que possa parecer, Senna estava certo.