1987! Uma batalha atrás da outra. Primeiro, o Bangu. O time do bicheiro Castor de Andrade era parada dura. Tinha disputado, dois anos antes, o título nacional contra o Coritiba. Perdeu nos pênaltis. Ado, ponta esquerda, cobrou pra longe. E nunca mais se ouviu falar dele. Em Moça Bonita o Sport foi garfado. O árbitro tanto fez que o Bangu ganhou por 3×2. Entrevistei, no vestiário, o saudoso Zé Carlos Macaé que foi enfático: “Na Ilha ganharemos na bola e na tapa, se for preciso”. E foi. José Assis Aladrão ameaçou, intimidou, fez de tudo pra o time carioca conquistar a vaga pra final contra o Guarani. Não conseguiu. Betāo, de falta, fez 3×1 e o Sport passou. Contra o Bugre Campineiro, após empate em SP, o Leão venceu por 1×0, gol de Marco Antônio de cabeça. Estava atrás do gol e descrevi para Roberto Queiroz (que saudade) o lance na Rádio Jornal. O Sport conquistava dentro de campo, o Campeonato Brasileiro. Que o Flamengo de Márcio Braga tanto batalhou pra levar, nos tribunais. O Flamengo ganhou a Copa União. O Módulo Verde daquela competição. O regulamento previa o cruzamento dos dois melhores do Verde (Flamengo e Internacional) contra os do Amarelo (Sport e Guarani). Respaldados por patrocinadores, Fla e Inter se recusaram a participar do quadrangular e se auto proclamaram campeão e vice. Perderam em todas as instâncias jurídicas possíveis. Foi o meu primeiro ano como setorista de um clube. Cobria exatamente os bastidores do Sport. Como profissional de Rádio, minha primeira carteira assinada data de 1º de março de 1987. Vivenciei todos os detalhes daquele título. O Sport é de fato e de direito, Campeão Brasileiro de 1987. A final contra o Guarani aconteceu no dia 7 de fevereiro de 1988. Há exatos 35 anos. O resto são bulhufas.