A CBF impôs aos árbitros uma rigorosa determinação para punir disciplinarmente jogadores e, fundamentalmente, membros das comissões técnicas, no Campeonato Brasileiro. Na primeira rodada, houve um aumento de 126 % em relação à 1ª rodada dos anos anteriores. As atitudes tomadas pelos jogadores dentro e fora das quatro linhas ultrapassam as raias da racionalidade e beiram as da imbecilidade. Vejam a postura de treinadores e jogadores na Premier League. No derby londrino desse domingo entre West Ham e Arsenal, o árbitro marcou dois pênaltis. A reação dos envolvidos nos lances foi: ZERO! Quando a gente compara aos que atuam no Brasileirão, a discrepância de comportamento é absurda. E não é coisa de temperamento brasileiro, não. Os profissionais do futebol que mais tomaram cartão na Série “A” desde 2019 são Abel Ferreira e Jorge Sampaoli. O português do Palmeiras levou 21 cartões. Já o argentino foi advertido 19 vezes. E por dois times distintos: Santos e Atlético-MG. Punição. O problema maior (que atinge, na verdade, todo o nosso comportamento social) é a ausência dela. Da punição. Os nossos treinadores e jogadores acham que podem reclamar, xingar, esculhambar como bem querem e entendem. Nossos árbitros são fracos? Sim. A grande maioria. Inclusive, no VAR. Têm que ser julgados e punidos também. Mas pelos comandantes deles. Quem não tem inteligência ou um mínimo de controle emocional, não pode trabalhar no futebol. Punidos com rigor, certamente serão educados neste sentido.