Série C. Aracaju. Batistão. Primeiro tempo. Náutico 2×0 Desconfiança, fácil. Jogo facilmente controlado. Souza, o cara. Dois gols. O primeiro, de falta. O segundo, um golaço. Patada de fora da área. Dominada. Apesar do pênalti pateticamente desperdiçado pelo Confiança, partida completamente dominada. Intervalo, e algo sobrenatural acontece. Um time conciso, impetuoso, imperante, transforma-se, inexplicavelmente, numa equipe cheia de erros, falhas ridículas e amplamente vulnerável. Aceita um gol de Negueba, com falhas ambíguas de Denilson e Danilo. Sofre. Leva pressão do time sergipano. Tem um jogador, Danilo, infantilmente, expulso. Vágner faz milagres. Mas nos acréscimos, pra variar, toma um gol no jogo aéreo provocado durante todo o segundo tempo, pela presença do zagueiro que vira centroavante, grandalhão colombiano de 2 metros de altura, Salazar. Pela dificuldade do campeonato, um ponto conquistado. Pelas circunstâncias da partida, dois pontos perdidos. Como mudar da água pro vinho, do maravilhoso pro ridículo, no intervalo de 15 minutos? O trem saiu do trilho, descarrilou e, por pouco, não tombou. Com a palavra, o psicólogo Fernando Marchiori.