Dois clubes tradicionais, centenários, da mesma capital. Ambos perderam precocemente a chance de acesso e ficarão sem competição oficial até janeiro do ano que vem. Ambos fracassaram nos seus objetivos futebolísticos e passarão por processo sucessório no final do ano. Ambos vivem momentos de muita expectativa e ansiedade. As semelhanças, no entanto, param por aí. Reporto-me à Santa e Náutico. Em Rosa e Silva, apesar da frustração no futebol, os salários seguem “em dia”, os jogadores negociam com o clube, amigavelmente, seus destinos e há tranquilidade no cotidiano. Na Av. Beberibe, salários atrasados, jogadores insatisfeitos com os contatos sobre as rescisões contratuais e predomina um clima de incerteza sobre o destino de todos. Nos Aflitos, dois candidatos praticamente definidos (Aluísio Xavier e Alexandre Asfora) e clima de paz entre os poderes que comandam o CNC. No Arruda, pré-candidaturas sem respaldo político. Casos de Josenildo Dody e Albertino dos Anjos. O único candidato respeitado, Zé Neves, possui um considerável nível de rejeição, por parte de alguns grupos. Além disso, clima de extrema tensão entre os poderes Executivo e Deliberativo. No Náutico, eleições antecipadas por consenso. No Santa Cruz, decisões totalmente indefinidas, quanto aos detalhes sobre as eleições. Resumindo: paz política. Há tranquilidade em Rosa e Silva. Caos… vaidade imperando e o destino da Agremiação Coral relegado a segundo plano, nas Repúblicas Independentes do Arruda. Dois clubes, dois destinos. Não dá pra cravar um futuro melhor pro Náutico, mas há uma tendência para que isso aconteça. Quanto ao futuro do Santa…