Ofensas graves

“Vocês aqui adoram… têm prazer em contar mentiras”. Para um profissional de imprensa SÉRIO, não há nada mais ofensivo, mais agressivo. As palavras utilizadas por Enderson Moreira na coletiva diante dos repórteres após a partida Sport x Criciúma, externaram o pensamento, a visão pessoal, que o treinador mineiro tem sobre a imprensa esportiva pernambucana. Ao usar o pronome no plural (vocês), Enderson foi profundamente infeliz. Generalizou e perdeu a razão. A crítica individual é defensável e necessária. Ao pluralizar, fatalmente incorre-se em injustiça. Seria o mesmo que eu direcionasse o teor dessa coluna para todos os treinadores. Não! Quem errou foi Enderson. Um profissional que, pelos conhecimentos técnico e tático, poderia mirar um “top ten” no Brasil. As declarações dele, a concepção que possui sobre o entorno do futebol, o enfraquecem. Transformam Moreira num profissional incompatível com a amplitude do cargo. O mais frustrante é possuir um staff que não o alerta sobre isso. No jogo contra o Botafogo-SP, dois integrantes cumpriam suspensão automática por indisciplina. E nesse mesmo jogo, um terceiro levou amarelo. Como conseguir amadurecer e atingir o equilíbrio emocional necessário, cercado de “iguais”? Quem deveria me conter, me orientar, age tão desequilibrado quanto, ou mais… Foi muito grave o posicionamento dele. “Tava irritado após as injustas críticas de profissionais da imprensa ou de um grupo de torcedores”. Essa é a justificativa para o tom da coletiva. Cara, na boa? Larga a profissão! Se não aguenta, pra quê nasce? Deus me livre de exercer um cargo maior que a minha competência. A profissão de treinador exige, essencialmente, equilíbrio emocional. Enderson demonstrou não tê-lo, apesar de conceder a entrevista, mais de UMA HORA após o término do jogo. Difícil acreditar, diante de tudo isso, na evolução profissional de Enderson Moreira, no cenário nacional. Um grande desperdício…

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Léo Medradohttps://leomedrado.com.br
Leo Medrado é um pernambucano que começou no Rádio Em 1987. Iniciou na Rádio Jornal, depois Rádio Globo, Clube, Olinda, Transamérica e CBN. Trabalhou também nas Rádios de Petrolina (Grande Rio e Emissora Rural). Transmitiu jogos pro Brasil inteiro na Rádio Nacional (Brasília, Manaus e Rio de Janeiro), emissora mais potente do país com 600Khz. Iniciou em Televisão na TV Jornal em 1998, de onde saiu para apresentar na Globo o programa dominical Lance Final. Instituiu o Projeto Tá na Rede, inicialmente na TV Tribuna e depois na Nova Nordeste. Narrou futebol no Sportv e no Première. Apresentou o Bola da Vez Nordeste na ESPN. Escreveu para a Revista Torcida e para a Folha PE. HÁ oito anos é Coordenador de Esportes e apresentador/comentarista na Rádio CBN. Voltou à ESPN agora como comentarista...
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