Finais da Copa do Brasil. São Paulo x Flamengo. São Paulo, do grande Dorival, campeão. Em dois jogos emocionantes, tensos até o final. Contextualizemos o tema. Um dia, a sensatez imperará. Uma pergunta pra você, que defende o atual regulamento do Campeonato Brasileiro. Que final, de 2003 pra cá, você não esquece? Não pelo fato do seu time estar na decisão, e sim, pela emoção e por tudo o que envolveu a partida? Hum… lembra não, né? Pra começo de conversa, não lembra, porque não houve. O finalista joga contra “terceiros”. Não há o jogo final, em que um dos dois disputantes sairá campeão. O título por pontos corridos é mais justo? Ninguém discute. Mas não é esse o ponto. Não é sobre justiça que estamos falando. É sobre emoção. Sem ela, não existe futebol. Pergunta para um narrador. Ele é um vendedor de emoções. Por mais que se crie um clima, final é final. Duas torcidas, duas expectativas, duas esperanças de título. São dois postulantes à um título em que, ao término de um jogo, somente um será campeão. Um sorrirá, o outro chorará. É sobre isso, que estou falando. Por isso, as Copas estão engolindo os campeonatos. São várias partidas eliminatórias, várias decisões, até chegarmos ao ápice da grande final. O efeito dominó é iminente. Mais emoção= mais audiência= mais dinheiro= mais premiação= mais engajamento de todos= mais competição. MAIS! Copa é mais tudo. Até a ausência da justiça, torna a competição mais atrativa. Vocês que defendem o Brasileirão, podem ficar com ele. Eu prefiro a Copa do Brasil. Eu e a massacrante maioria que defende o futebol raiz. O futebol emoção. Bom Brasileirão pra vocês. Obrigado, Copa do Brasil!