Os pontos corridos foram introduzidos no Campeonato Brasileiro em 2003. Amoldamo-nos, então, aos grandes campeonatos da Europa. A ideia era válida. Lá, são poucos postulantes ao título. Na Espanha, dois: Barcelona e Madrid. Na Itália, quatro: Juventus, Milan, Inter e Roma. Na Inglaterra, seis. The Big Six: Manchesters (City e United), Liverpool, Chelsea, Arsenal e Tottenham. Na França, no máximo quatro: PSG, Marseille, Saint Etienne e Lyon. Aqui no Brasil? No mínimo DOZE: São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Internacional, Grêmio, Atlético Mineiro e Cruzeiro, brigariam ponto a ponto e teríamos uma competição acirrada do começo ao fim. Certo? Errado! Na prática, a teoria é bem diferente. Dificilmente, mais de três chegaram nas últimas rodadas brigando. Às vezes, dois. E na grande maioria dos Brasileirões, alguém disparou. A história mostra isso. Campeão decidido com rodadas de antecedência, tem sido a tônica dos campeonatos nacionais. O que significa emoção quase zero. Como se não bastasse a ausência de uma grande decisão, com duas torcidas tensas presentes ao estádio, na grande final. Aliás, que final? Na confecção da tabela, nunca se sabe aonde ela será. A razão do texto está focada na exceção que justifica a regra. Estamos vivenciando esse momento. O campeonato nacional mais imprevisível da era dos pontos corridos. Então…