Os jogos vão passando e o treinador do Sport vai se fazendo compreender. O início foi terrível. Mesmo ganhando do Petrolina, o futebol apresentado é fraco. Escala um 3-5-2 inseguro e desentrosado. E perde feio pro Retrô. Nem na vitória diante do Santa, consegue agradar. Volta a ganhar jogando mal contra o Maguary. Na derrota para o Bahia, apesar da ousadia de mudar ainda no primeiro tempo, colocando um atacante a mais, escapa de tomar uma goleada, graças às defesas de Caíque. A partir daí, o futebol evolui. Engata uma sequência de quatro jogos atuando bem e atinge um patamar técnico/tático bastante interessante, a tal ponto de ser superior, no empate contra o Fortaleza. Ainda comete alguns equívocos. A insistência com Felipe. A falta de percepção quanto à importância de Fabinho. A demora nas alterações diante dos cearenses. Mas Soso cresceu muito a produção, não somente do time, mas de quase todo o plantel. Mérito, também, por não insistir no 3-5-2. Não havia tempo suficiente para encaixá-lo e entrosá-lo. Com atitudes firmes, confiança no taco e determinação na busca pelos objetivos, o argentino já demonstra ter bem mais conteúdo do que o seu antecessor. Por falar nele, Enderson Moreira deve estar fulo da vida com o “desumano” calendário sul-americano que fez a equipe peruana do Sporting Crystal, treinada por ele, jogar na altitude e, “consequentemente”, tomar de 6×1 do potente e tradicional Always Ready da… Bolívia. Voltando aos dias atuais, mantenha-se firme, Mariano. E parabéns pela evolução.
