Não me parece ser uma contratação embasada. Não se apresenta como. O único trabalho no Brasil teve um baixo índice de aproveitamento. 25 jogos, 7 vitórias 8 empates e 10 derrotas. Pepa deixou o Cruzeiro na 12o posição a 5 pontos da Zona de rebaixamento. O aproveitamento foi de 38%. Aliás, a estreia oficial como treinador aconteceu num jogo pela Copa do Brasil nos Aflitos contra o Náutico. O resultado? Derrota por 1×0 para a equipe alvirrubra. Foi uma aposta. Pode ou não dar certo.
Mas por que Pepa? “É reconhecido por ser um líder firme e convicto, onde as equipes que orienta praticam um futebol atrativo, positivo e dominador”. Quando você clica na descrição do treinador no Wikipédia, é assim que ele é apresentado. Mas é a atitude mais defensável a ser tomada pela diretoria rubro-negra, no momento em que uma reação imediata é preponderante? Não creio.
É uma contratação mais focada em inovação que na convicção. Existe uma vontade explícita de “fazer diferente”. A ação mais correta pra esse momento seria fazer o simples, o óbvio, o feijão com arroz. Efetivar Thiago Larghi que já está no clube, conhece bem o elenco, distingue facilmente as laranjas podres do atual grupo e que tem o aval do Presidente. O risco seria menor. O problema é que seria óbvio demais. Não exaltaria o grande trabalho de bastidores realizado pelos vários departamentos de análises do clube. Na boa? Por que essa ânsia de fazer diferente, diretores?