

Alguns internautas criticaram o fato de eu ter afirmado que o Santa faria três clássicos consecutivos. Desconsideram que os confrontos do trio de ferro da capital com o Retrô sejam denominados como clássicos. Vamos falar sobre, então. Voltemos no tempo. Quando adolescente, a quarta força do nosso futebol era o Central. Depois vieram o Vitória de 91, o Porto de 97/98, o Ypiranga de 2006 e o Salgueiro de 2015, 2017 e 2020. Desses citados, apenas o último foi campeão, o Salgueiro. Os demais, decidiram turnos (Vitória, Porto e Ypiranga). O Central decidiu uma vez o Estadual (2018) e o Salgueiro outras duas (2015 e 2017). Pois bem. Excetuando-se alguns momentos dessas duas equipes jogando no Pedro Vitor de Albuquerque e no Cornélio de Barros, raramente deixava de acreditar em vitórias dos três grandes da capital no confronto diante de Central ou Salgueiro. Com o Retrô é diferente. O Retrô nasceu grande. Vai se firmando com uma estrutura que faz a diferença em relação às antigas “quartas forças”. Não à toa, nos últimos três anos chegou à final duas vezes (2022, 2023) e somente não foi no atual ano, porque Mascote perdeu um gol sem goleiro (Robson Reis salvou). O Retrô foi melhor, mas perdeu nos pênaltis. E olha que somente estreou no Pernambucano em 2020…
Clássico II
…Utilizo a palavra “clássico” não pelo histórico e tradição que ainda são muito curtos. Uso pela imprevisibilidade nos confrontos. Não dá pra cravar a vitória do trio quando um deles vai enfrentar a equipe aurianil. Ano passado, falei no Traíras e coloquei na Thumb que iria acontecer o primeiro clássico do ano quando o Sport foi à Arena enfrentar o Retrô. As mesmas mensagens (em bem menor número- estávamos com menos de dois meses no ar) foram postadas. Ao final do jogo, o Retrô, que abriu 4×1 no primeiro tempo e meteu uma bola na trave no início do segundo, venceu por um tranquilo e incontestável 4×2. No dia seguinte, estampei na Thumb: “Era clássico?” Deveríamos nos orgulhar. O Retrô com apenas Sete anos de idade briga efetivamente, queiram ou não queiram os juízes, pelo título. Temos 4 grandes equipes em Pernambuco. A excessão de São Paulo e Rio de Janeiro, em que outro Estado isso acontece?
A discrepância das divisões
Adethson Leite apresentou domingo na CBN números que assustam pela absurda diferença existente entre as divisões do futebol nacional. A média de público nos jogos disputados na Série A foi de 26.000 torcedores por jogo. Na Série B, despenca pra três vezes menos: 7.544. Na C cai pra metade da B: 3.602. E na D cai pra metade da C: 1.164. E na arrecadação? Na primeira divisão a média final foi de 1,3 milhão por jogo. Na segunda…162 mil. É ou não é uma margem de diferença estarrecedora?
Discriminação descarada
Até concordo com o fato do representante da América do Sul jogar UM mata a mais que o europeu no Mundial de clubes. Porém, DOIS matas é demais. O Botafogo enfrenta hoje o Pachuca (México) e sábado o Al Ahly (Egito). Moral da história? A América tá sem moral.
Cabeça de vento
“Eu virei uma lenda… hoje é o dia em que eu me torno imortal” Gabriel Barbosa. Ps.: Vocês imaginam Zico dizendo isso?
- Arruda no Traíras
- O peso das palavras