Não é saudosismo. É constatação. Ontem assisti a uma reportagem com a dupla Zico & Júnior. Amigos, foi com eles que a minha geração viu o futebol dos clubes brasileiros se impor aos demais times sul-americanos e europeus. Não vi o Santos de Pelé. Nem o Botafogo de Garrincha. Mas vi o Flamengo de Zico. Não, não sou “pernambubaca” ( termo que criei para enfatizar meu protesto aos torcedores de aluguel). Pernambubaca, Paraibaca, Cearabaca, Alagobaca, Bahibaca… não torcia pelo Flamengo. Esse grande time enfrentou Santa, Náutico e Sport. Sempre torci pros times de Pernambuco, quando os enfrentava. Mas aqueles jogadores, vestindo qualquer camisa, eram impagáveis. Leandro, Júnior, Zico, Tita e Nunes. Ícones de um futebol com personalidade, imponência e de muita categoria. Os caras treinavam em campos esburacados, eram desconhecidos internacionalmente e se impuseram contra tudo e contra todos, no início dos anos 80. Três Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial, em 4 anos. Dava gosto vê-los. Raros times, no atual futebol, jogam daquela maneira. Um dos poucos, por coincidência, o próprio Flamengo de hoje.