Cruel a eliminação. Entusiástica a apresentação. Cruel um gol no penúltimo minuto. Entusiástico saber que ele surgiu por sorte e não por mérito do adversário. Cruel a eliminação. Animadora a repercussão positiva e a cara derrota de um time que possui um capital pra investimento na base N vezes inferior. Misto de frustração e orgulho. Sensação de sorte madrasta. Mas isso faz parte desse esporte fabuloso chamado futebol. Um dia é da caça, o outro do caçador. Que o diga Hélio dos Anjos. Como será que ele se sentiu perdendo o acesso do Paysandu para o próprio Náutico com um pênalti marcado no último minuto? Meio copo cheio. Os garotos do Náutico são notícia. Claro que endeusar exageradamente uma vitória com um gol casual, por ser ele o Flamengo, irrita o cidadão que prima pelo bom senso e coerência nas palavras ao analisar o jogo, e não o peso das equipes em disputa. Porém, falem pouco, mas falem bem e também de mim. Pense assim, alvirrubro.