2022… Vinte anos depois do penta, chegamos ao Qatar. “Os quatro erres” poderia ser o título da coluna. Mas seria injusto. Com Edmilson, Juninho Paulista, Cafú, Marcos, Kleberson… Claro que Roberto Carlos, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, revezavam-se no protagonismo na Coreia/Japão. Porém, acima de tudo, foi uma seleção inteira. Intensa. Era um 3-5-2, mas e daí? Não importava o sistema tático. O que valia, o que decidia, era o talento. Os cinco camisas 10 de 1970: Jairzinho, Gerson, Tostão, Pelé e Rivelino. Os cracaços de 82: Júnior, Falcão, Sócrates, Zico e Éder. Quando voltaremos a apostar em “protagonistas”, no plural? Hoje, teoricamente, só tem um… Neymar. Será que, hipoteticamente, poderemos apostar em mais de um no Qatar? Candidatos temos. Philipe Coutinho, que tá voltando. Antony e Raphinha, promessas. Dependeremos deles. E de Tite. Pra mim, até hoje, nenhum técnico brasileiro ganhou uma Copa do Mundo. Foram os Jogadores que triunfaram. Vicente Feola, Aymoré Moreira, Mário J. Lobo Zagallo, Carlos A. Parreira e Luís F. Scolari estavam na hora certa, no lugar certo. Excetuando-se 1994, quando fomos bafejados pela sorte, o talento decidiu. Sem uma safra tão frutificada, dependeremos muito do treinador.