Essa palavra resume a atitude sobre a demissão do técnico Leston Júnior e do Executivo do clube Marcelo Segurado. Faltou equilíbrio emocional no comando diretivo. Aliás, de quem partiu a decisão? Antônio Luís Neto? O time, mesmo jogando outra vez com altos e baixos, venceu. A atitude da comissão técnica, respaldada pelos jogadores, também pode ser interpretada como precipitada. Mas eles vivenciaram quase cem minutos de forte pressão emocional. E a palavra “desabafo” foi citada na coletiva. Os dirigentes não jogam. Não escalam o time. E quando são pressionados, promovem mudanças. E não, são mudados. Por isso, têm que exercer o equilíbrio emocional que os cargos exigem, principalmente nessa hora. “O Santa está largado”. Leston poupou o presidente e se referiu à quem o apoiou na eleição. Quanto à exposição dos salários atrasados, pela forma como aconteceu o desabafo, dá-nos a impressão de que chegaram ao limite dos problemas causados pela inadimplência. Uma coisa é atraso salarial de 50, 100, 200 mil reais. Outra coisa é salário de Série D. Antônio Luís Neto pode pagar caro por um erro causado por um rompante. Tenho certeza que se essa decisão sobre as demissões fosse tomada de cabeça fria, os argumentos utilizados para justificá-la seriam bem mais defensáveis. Se é que haveria demissões após a reflexão de uma noite pós vitória.