Preciso de uma entrevista presencial pra responder. A virtual, às vezes engana. Entrevistei inúmeros treinadores nesses 35 anos. Não estou falando sobre entrevista de 5, 10 minutos não. Tô falando em receber o técnico num programa de rádio ou televisão, para conversar por uma hora, ou mais, com ele. Leão, Muricy, Carlos Alberto Silva, Abel Braga, Dorival Jr, Vanderlei Luxemburgo, Antônio Lopes, pra citar alguns. Todos, grandes treinadores. Mostravam conhecimento da profissão, cada um no seu estilo. Todos vencedores. Outros, nem tanto. Celso Roth, Edno Nazareth (Edinho), Lisca, Roberto Cavalo, Pintado. No custo/benefício, ficam devendo. Deixam a desejar. Um, enganou-me. Após a entrevista, saí rasgando elogios e me dei mal. Ele, na prática, não fez nada do que falou na entrevista. E foi recente. No Craque CBN. Mas não foi presencial. Não pude olhá-lo no olho. Foi por celular. Seu nome: Gilson Kleina. Voltando a Enderson. 145 jogos como treinador. 77 vitórias, 38 empates e 30 derrotas. 62% de aproveitamento. Treinou Botafogo, Fortaleza, Ceará, Goiás, América-MG, Cruzeiro e Fluminense. Já obteve três acessos à Série A. E não foi bem, recentemente, no Bahia. Chega ao Sport com maior aceitação que rejeição, em relação à torcida. Como escrevi, não aprovaria um treinador, sem antes conversar com ele. Mas, às cegas, digo que tá mais pra dar certo, que errado.