Brasil 4×1 Itália, 1970, e Argentina 3×2 Alemanha, 1986, eram, pra mim, as melhores partidas finais em Copas do Mundo. A do Qatar, superou. Com requintes de crueldade, principalmente para os argentinos. Após abrir um confortável 2×0, e não levar uma única finalização francesa sequer entre as bandeiras de escanteio, em 1’37”, a casa caiu para los hermanos. Dois gols de Mbappé aconteceram entre 34 e 36 minutos e desnortearam o time sul-americano. Mesmo assim, Messi ainda tenta no final do tempo regulamentar, mas Llorris faz uma grande defesa. Na prorrogação, Messi faz 3×2 aos 3 minutos do segundo tempo. Outra vez o título na mão. Só que Montiel abre um braço desnecessário na área e o árbitro marca outro pênalti pra França. Faltando 2 minutos, Mbappé faz o terceiro: 3×3. Pra colocar mais pimenta no vatapá, Martinez salva com a perna esquerda, nos acréscimos da prorrogação, uma finalização à queima roupa de Kolo Muani. O sonho do tri, acabaria ali. Nos pênaltis, os argentinos são mais competentes e convertem as quatro cobranças. A França perde duas. Montiel (aquele que fez o pênalti no terceiro gol francês) converte a última cobrança e dá o tricampeonato pros alvicelestes. Na verdade, Di Maria e Martinez coadjuvantes, e Lionel Messi protagonista, foram os grandes responsáveis pelo Tri. Messi foi o melhor jogador do Mundial. Mas se Mbappé faz mais um gol, e a França vence, ele seria eleito “o cara”. Voltando ao tema, um roteiro repleto de drama e emoção. Difícil imaginarmos um outro que supere ao que assistimos no Estádio Lusail. Pegarei uma expressão emprestada de uma querida tetracampeã mundial, que fez falta no Qatar. Argentina x França: GRAN FINALE, ragazzi italiani.