Um fenômeno. Algo a ser estudado. A paixão do torcedor coral pelo Santa é motivo de orgulho pra todos nós pernambucanos. Sim! Até pra rubro-negros e alvirrubros. Esqueçam os marginais das gangs uniformizadas. Tô falando de torcedores. São vários exemplos. Inúmeras provas de amor. O histórico jogo contra o Volta Redonda em 1998. Se vencesse, iria pra segunda fase da Série B. Se perdesse, cairia pra Série C. 55.028 torcedores pagantes (havia mais de 60 mil) empurraram o time pra uma vitória, conseguida com o gol de um zagueiro (Rau) jogando, no desespero, improvisado de centroavante, no último minuto de jogo. Em 2011, pela Série D, 59.966 (mais de um milhão de renda) tricolores tiraram o Santa do inferno. O time empatou em 0x0 contra o Treze-PB e subiu de divisão. Tive o prazer e o privilégio de narrar esse jogo ao vivo pra TV Nova. Os torcedores que não entraram no Arruda, correram pros bares para assistir à transmissão do acesso pra Série C. No último domingo, apesar de mais uma vez a direção subestimar a presença da multidão, o Santa, na Série D, colocou o maior público num estádio pernambucano em 2023. Mais de 30 mil. 30.046, pra ser mais preciso. Outra vez a torcida fez a diferença e empurrou a equipe pra conquistar três pontos. Santa Cruz 1×0 Campinense. Desculpem, corinthianos. Se um dia vocês caírem pra Série C ou D (difícil acontecer, eu sei. Mas nunca digam nunca) e lotarem os estádios, poderão ser chamados de Torcida Fiel. Por enquanto, a torcida mais FIEL do Brasil é a do Santa Cruz.