Os treinadores acumulavam os cargos efetivos de comandantes técnicos nos clubes e na Seleção Brasileira, concomitantemente. Não existia exclusividade para o exercício de treinador da Canarinha. Após anos, um técnico voltará a se dividir entre o comando de um clube e da Seleção. Tempos outros, as polêmicas explodem nas redes sociais no tocante à volta da duplicidade de cargos, de elencos a serem treinados. A contratação de Fernando Diniz para técnico interino da seleção canarinha, acumulando a função de treinador do Fluminense, soa surreal no mundo de hoje. O que até outrora era absolutamente natural, hoje reverbera como total absurdo. É preciso entender o porquê. As Eliminatórias para uma Copa do Mundo, até 1994, aconteciam condensadas em um mês. Isso mesmo. Durante um mês, apenas. Então, não havia tanta exigência para exclusividade. A própria CBF (tadinha… sempre tão lisa e financeiramente carente) , retrucava em pagar o salário do treinador da Seleção durante os dez meses restantes, já que, a preparação para as eliminatórias perdurava, no máximo, um mês. Os tempos mudaram. Nos dias de hoje, ondas de suspeição pairam no ar, após tantos escândalos e safadezas realizados pelos dirigentes, Brasil afora. E aí, antes mesmo de Diniz assumir o cargo, pilhérias e gracejos viralizam na internet, ridicularizando a lisura, depreciando a conduta de honestidade que deverá, ou pelos menos deveria ter, o comando técnico de uma Seleção Brasileira. Uma polêmica convocação de PH Ganso, por exemplo, desencadearia uma série de acachapantes impropérios, por parte dos torcedores, colocando em dúvida a idoneidade de Diniz ao convocá-lo. E só analisando o futebol do Ganso, a convocação dele estaria há quilômetros de ser considerada um absurdo. Questões no ar: Diniz fica como auxiliar de Lancelotti? Vem alguém do Staff de Carlo pra acompanhar o desenvolvimento de Diniz? E a pergunta que não quer calar: Ancelotti vem mesmo?