Comentaristas de obras prontas. “Existimos” vários. Aqueles que comentam porque deu certo ou errado; que fariam diferente; e que utilizam o “se” como a explicação trivial. Procuro fugir dessa linha de ação, mas tem hora que não dá. A lógica é tão óbvia que o desafio de não segui-la torna-se indefensável. A história do Sport nessa Série B. Um elenco (bem) montado. Um time encaixado. Postulante ao acesso e favorito ao título. O time “voa de braçadas” rumo à conquista da meta. Na metade do percurso, porém, começa a cair de produção. O treinador, que fazia questão de apregoar o caos bem antes do time desandar, perde-se completamente. Desarruma o time mexendo em praticamente todas as posições. Muda os titulares jogo a jogo (ao final, o Sport terminaria com a inédita marca de 38 formações em 38 jogos). Apenas dois atletas chegam ao final da competição na condição unânime de titulares. Aí ocorre o erro fatal. A troca do comando técnico era lógica e imprescindível. O Presidente Yuri, baseando-se na saída equivocada de Dal Pozzo, ano passado, opta por bancar a permanência de Moreira, acreditando na volta por cima. As evidências quanto ao fracasso iminente de Enderson, eram claras. Yuri não percebeu. Mal assessorado, não foi demovido da infeliz ideia de mantê-lo no comando técnico. O mais grave é que o substituto ideal talvez estivesse, a certa altura, já no próprio clube: Thiago Larghi. O Sport deixou de subir por 01 ponto. Dois tabus aconteceram. O time que mais tempo passou no G4 (26 rodadas), foi também o mais modificado nos 21 anos de pontos corridos (38 formações diferentes em 38 jogos). O Presidente disse após o jogo que iria avaliar nesta semana os erros cometidos. Meu veredicto? A manutenção de Enderson Moreira tirou o Sport da Primeira Divisão em 2024.